Bitcoin pode alcançar US$ 126 mil ainda esta semana?
Será que o valor do BTC (Bitcoin) vai subir esta semana? De acordo com a análise da CryptoQuant, isso é bastante provável. Depois de uma sinalização positiva do FED sobre as taxas de juros, o preço do Bitcoin subiu mais de 3%, alcançando US$ 116 mil. Porém, a alegria dos investidores não durou muito. O preço caiu novamente para US$ 113 mil, frustrando quem esperava um movimento mais positivo.
O analista Alex Adler Jr, da CryptoQuant, acredita que ainda há esperanças. Ele sugere que a criptomoeda pode chegar a US$ 126 mil nos próximos dias, respaldado por uma série de fatores técnicos e do mercado. O Bitcoin começou a semana em US$ 115 mil, caiu para US$ 111,6 mil devido a um forte volume de vendas e, logo depois, reagiu, alcançando US$ 117,4 mil. No entanto, a pressão compradora perdeu força, e o ativo se estabilizou entre US$ 114 mil e US$ 116 mil.
Suportes e resistências para o valor do BTC
De acordo com Adler Jr, a situação atual indica uma típica fase de consolidação após a recuperação em “V”, comum quando o mercado está oscilando entre correções e novas altas. Ele aponta que a faixa de US$ 117 mil se tornou a principal resistência para o Bitcoin a curto prazo. Se o preço romper esse nível com um volume significativo, o caminho estaria aberto para alcançar entre US$ 120 mil e US$ 121 mil. Superando esse patamar, a meta de US$ 126 mil começa a parecer bastante realista.
Por outro lado, a zona entre US$ 114 mil e US$ 115 mil atua como suporte imediato. Enquanto o Bitcoin se mantiver acima desse nível, o cenário permanece neutro a levemente otimista. Mas, se o preço cair abaixo, um teste em US$ 111 mil se tornaria possível, aumentando as chances de uma correção mais profunda.
Opções e sentimento do mercado
Outro ponto interessante levantado por Adler Jr é a análise do mercado de opções. O preço “Max Pain”, que é onde a maioria dos contratos expira sem lucro, está em US$ 117 mil. Isso sugere que o mercado deve se manter em torno desse valor até o vencimento dos contratos, previsto para 29 de agosto.
Apesar disso, as expectativas otimistas seguem fortes. Notam-se grandes blocos de opções de compra (calls) concentradas entre US$ 140 mil e US$ 160 mil, mostrando que grandes investidores acreditam em uma valorização significativa nos próximos meses. Por outro lado, a proteção através de opções de venda (puts) se concentra em níveis mais distantes, entre US$ 70 mil e US$ 90 mil, indicando que não se esperam quedas abruptas no curto prazo.
Adler também analisou os dados on-chain e notou sinais mistos. O número de carteiras ativas caiu 14% na última semana, e o volume de transferências recuou 11,6%, o que pode apontar para uma diminuição na participação do varejo. No entanto, o hashrate da rede cresceu 0,2%, sinalizando que a segurança do protocolo se mantém sólida. A capitalização total do mercado de Bitcoin caiu 1,74%, acompanhando a correção de preço, enquanto as reservas nas exchanges subiram 0,49%, indicando uma pressão de oferta.
Valor do BTC vai subir?
Nos últimos sete dias, o mercado de ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos registrou uma saída líquida de 2,4 mil BTC, cerca de US$ 285 milhões. Embora esse número seja negativo, está bem abaixo das grandes ondas de resgates que ocorreram no início do ano, o que sugere que a pressão de venda está mais controlada.
Adler Jr também mencionou o “Index Market Phase”, que posiciona o Bitcoin na fase #4, perto da fase #5, uma etapa de “touro tardio”. Historicamente, isso costuma ser seguido por movimentos adicionais de valorização entre 15% e 35%, antes que as vendas se intensifiquem. Os sinais nos derivativos também estão começando a favorecer os compradores, com o índice de poder do mercado futuro indicando que a pressão de posições vendidas está diminuindo.
O que esperar dos próximos dias
Para Adler, a chave para o Bitcoin romper a barreira dos US$ 126 mil envolve uma combinação de fatores. Isso inclui superar a resistência de US$ 117 mil com volume robusto, um fluxo positivo nos ETFs, e um melhor equilíbrio no mercado de derivativos. Se tudo isso se concretizar, é possível que o ativo surpreenda e teste novas máximas ainda esta semana.
Por outro lado, caso as condições não sejam favoráveis, uma correção até US$ 111 mil não pode ser descartada, especialmente se indicadores econômicos dos EUA, como inflação e rendimentos de títulos, trouxerem pressão sobre ativos de risco.